Os empregadores cipriotas estão a pedir ao governo que alivie as restrições à contratação de trabalhadores de fora da União Europeia (UE), citando a grave escassez de pessoal nos sectores da hotelaria e do comércio.
Falta de mão de obra deixa as empresas com falta de pessoal
Representantes de hotéis, restaurantes, lojas e outros sectores de serviços afirmaram que a falta de trabalhadores locais e da UE disponíveis os deixou com falta de pessoal.
Uma recente mudança de política também impediu os requerentes de asilo de aceitarem empregos não qualificados, retirando 15.000 pessoas da força de trabalho.
Com o turismo a recuperar, as empresas dizem que estão a ter dificuldades em satisfazer a procura devido ao défice de mão de obra.
Os grupos industriais consideram a situação insustentável e afirmam que a única solução é autorizar mais trabalhadores estrangeiros legais.
Longos tempos de espera para as autorizações de trabalho
As associações de empregadores acusaram o Governo de responder demasiado lentamente aos pedidos de autorização de trabalho.
Apesar das promessas de processar as autorizações no prazo de um mês, as empresas dizem que estão a sofrer grandes atrasos.
Grupos pedem um processo simplificado e rápido
Numa declaração conjunta, os representantes do sector instaram o Ministério do Trabalho a racionalizar, simplificar e acelerar o processo de aprovação das autorizações de trabalho.
Afirmam que são necessárias medidas imediatas para integrar os trabalhadores estrangeiros e atenuar a crise de pessoal antes da época turística.
Seguem-se duas secções adicionais que respondem às perguntas:
Aprovação do ETIAS pode ajudar na escassez de trabalhadores
O ETIAS (Sistema Europeu de Informação e Autorização de Viagem) entra em vigor em maio de 2025.
Este sistema exige que os viajantes isentos de visto obtenham uma autorização eletrónica antes de visitarem os países da UE.
A necessidade de Chipre de mais trabalhadores estrangeiros poderia ser potencialmente ajudada pelo ETIAS.
Os requerentes de países como a Ucrânia, a Moldávia e a Geórgia teriam um motivo válido para viajar enquanto procuram emprego.
O ETIAS permitiria estadias de 90 dias, proporcionando uma solução legal provisória.
Simplificar a contratação pode atrair mais imigrantes da UE
Os problemas laborais de Chipre surgem numa altura em que a UE enfrenta os seus próprios desafios em termos de mão de obra.
A simplificação dos procedimentos de contratação poderá atrair imigrantes da UE, desde trabalhadores sazonais do sector hoteleiro a profissionais das áreas tecnológica e financeira.
O Chipre oferece um estilo de vida mediterrânico que atrai tanto os trabalhadores remotos como as famílias.
Ao reduzir os obstáculos burocráticos ao emprego, o país poderia atrair mais mão de obra da UE, que é altamente móvel.
As empresas preparam-se para a vaga de turistas com falta de pessoal
Com a aproximação da época alta do turismo, as empresas cipriotas dizem que ainda se debatem com a escassez de mão de obra que ameaça comprometer a recuperação económica da ilha.
A menos que o governo actue rapidamente para atrair mais trabalhadores estrangeiros legais, os empregadores avisam que ficarão com falta de pessoal para o aumento de chegadas esperado nos próximos meses.
Os sectores da hotelaria e do comércio a retalho afirmam que a flexibilização das restrições à contratação é crucial não só para os seus resultados, mas também para prestar um serviço de qualidade aos turistas e manter a reputação de Chipre como um destino privilegiado.