A Hungria dará prioridade à ação contra a migração ilegal durante a Presidência da UE

A Hungria dará prioridade à ação contra a migração ilegal durante a Presidência da UE

Durante a presidência semestral da União Europeia (UE) este ano, a Hungriatenciona tomar "as medidas mais enérgicas possíveis" contra a migração ilegal, afirmou o Ministro dos Negócios Estrangeiros e do Comércio, Péter Szijjártó, a 16 de janeiro, em Atenas, na Grécia.

Novas rotas dão o que falar

Szijjártó encontrou-se com o Ministro dos Negócios Estrangeiros grego, Giorgos Gerapetritis, e discutiu os principais desafios da Europa, sendo a migração ilegal "um dos mais críticos".

Gerapetritis informou Szijjártó que estão a surgir novas rotas para trazer migrantes para o sudeste da Europa, "incluindo a Grécia", que está a enfrentar "uma pressão crescente".

"Isto torna ainda mais importante que a Hungria tome as medidas mais enérgicas possíveis contra a migração ilegal durante os seis meses da sua presidência", disse Szijjártó.

A proteção das fronteiras é uma prioridade partilhada

Os dois ministros concordaram com a importância de proteger as fronteiras externas da UE.

Concordaram também que cada país tem o direito soberano de decidir "quem deixa entrar e com quem quer viver".

Prevenir a escalada de conflitos

Szijjártó sublinhou que a Hungria e a Grécia querem evitar a escalada das ameaças à segurança.

Isto inclui os conflitos armados na Ucrânia e no Médio Oriente, que não têm impacto na Europa.

"Prevenir a escalada de ambos os conflitos armados é uma questão fundamental para nós", afirmou.

Segurança do aprovisionamento energético

O ministro húngaro também se reuniu com os ministros da energia da Grécia, Bulgária e Roménia.

Szijjártó afirmou que, na situação atual, a segurança do abastecimento energético é fundamental.

Szijjártó salientou a necessidade de criar novas fontes e rotas de abastecimento de energia.

Szijjártó descreveu a Grécia como "um Estado de trânsito inevitável para o fornecimento de gás à Hungria".

O que significa para as futuras chegadas

À medida que a Hungria pressiona por controlos fronteiriços mais apertados, os desenvolvimentos podem ter impacto nos viajantes e imigrantes para a UE.

Com o lançamento do Sistema Europeu de Informação e Autorização de Viagem (ETIAS), previsto para maio de 2025, os visitantes poderão ser sujeitos a um maior controlo quando entrarem e viajarem entre a Hungria e outros países do espaço Schengen.

A política de imigração do bloco

As prioridades da Hungria estão a moldar as discussões sobre a política de imigração na UE.

A sua posição assenta firmemente no reforço das fronteiras externas e na soberania nacional em matéria de controlo da imigração.

Enquanto guardiães da UE, os Estados costeiros como a Grécia enfrentam uma pressão crescente das novas rotas migratórias.

Entretanto, o ETIAS surge no horizonte.

O papel da Hungria nos próximos seis meses poderá ter um impacto na forma como as políticas de imigração serão adoptadas em toda a UE.

Olhar para o futuro com prioridades partilhadas

Szijjártó descreveu a visita à Grécia como um passo importante no reforço da cooperação em questões críticas para a segurança e os interesses energéticos da Hungria.

Ao assumir a presidência da UE, a Hungria parece estar em sintonia com a Grécia ao fazer da migração ilegal uma prioridade máxima de ação.

Com o aparecimento de novas rotas, a Hungria parece estar preparada para adotar uma posição agressiva em matéria de segurança das fronteiras e de diversificação energética nos próximos meses.