A era da segurança digital das fronteiras

A era da segurança digital das fronteiras

Não faz muito tempo que as pessoas podiam viajar de um país para outro sem enfrentar restrições de viagem ou triagem adicional com base em sua cidadania. Agora, com os ataques terroristas se tornando uma preocupação crescente, as autoridades de segurança de fronteira em todo o mundo estão procurando métodos eficazes para garantir que cidadão(ã)s estrangeiro(a)s que são considerado(a)s possíveis ameaças à segurança não sejam autorizado(a)s a viajar em primeiro lugar.

Embora existam muitas tecnologias biométricas, como scanners de íris e impressões digitais, úteis para combater fraudes de passaporte ou identificação na fronteira, existem inúmeras tecnologias digitais promissoras que podem impedir que uma pessoa embarque em um avião ou navio.

Aqui estão alguns exemplos de como as tecnologias digitais estão desempenhando um papel mais importante na criação de fronteiras digitais para aumentar a segurança nas fronteiras.

Autorizações de viagem on-line - vistos eletrônicos e isenção de vistos

Em breve, a União Europeia reforçará a sua segurança na fronteira com a implantação do Sistema Europeu de Informações e Autorização de Viagem (ETIAS). O ETIAS utilizará várias tecnologias novas e existentes de segurança de fronteiras como parte de sua infraestrutura de segurança de fronteira. Um dos aspectos mais interessantes do sistema será a eu-LISA que será a espinha dorsal das fronteiras inteligentes unificadas para a União Europeia. O sistema de fronteiras Inteligentes puxará dados e biometria (por exemplo, reconhecimento facial, íris e impressões digitais) de viajantes que entram em países da União Europeia através de várias fronteiras para realizar controles manuais e automatizados de fronteiras. O sistema está passando por novos testes conceituais e deverá ser implantado junto como parte do ETIAS em 2020. A Europa não é a primeira a implementar um sistema eletrônico de autorização de viagem. O ESTA dos Estados Unidos, o eTA australiano, o eVisa da Índia, o eVisa turco e o eTA canadense são todos sistemas atualmente em uso para obter autorizações de viagem eletrônicas para seus respectivos países para negócios, turismo, trânsito ou outros objetivos comuns de viagem.

Análise de mídias sociais

Governos como os Estados Unidos estão pedindo ao(à)s solicitantes de sua autorização de viagem on-line, o ESTA, que forneçam informações sobre suas contas no Twitter, Facebook, Instagram, YouTube, ou outras contas de mídia social. A intenção por trás do acesso a essas informações provavelmente se deva às autoridades de fronteira que desejam entender mais sobre sentimentos e emoções para determinar se um(a) viajante representa um risco potencial de segurança para o público. A prática pode ser controversa, mas dada a natureza de que a radicalização on-line através das mídias sociais desempenha um papel no terrorismo, as autoridades de fronteira estão compreensivelmente querendo saber mais sobre a vida pessoal de cada solicitante e podem analisar essas informações qualitativas usando as tecnologias de análise de dados de mídia social disponíveis.

Verificações globais de antecedentes

Agregar e corroborar históricos criminais do mundo inteiro para um indivíduo costumava ser um conceito de fantasia. Agora, há dezenas de empresas focadas em fornecer essas soluções para governos, empresas e indivíduos em todo o mundo. Normalmente, na maioria das solicitações de autorização de viagem, é perguntado ao(à) solicitante se ele(a) tem antecedentes criminais. As pessoas podem ou não responder a essa pergunta com sinceridade, mas, independentemente disso, os governos que analisam a solicitação de autorização de viagem podem realizar automaticamente verificações de antecedentes criminais globais sobre esses indivíduos e determinar se um(a) solicitante está mentindo com base em se as informações fornecidas correspondem a um infrator conhecido no banco de dados de antecedentes criminais.

Análise de endereços IP (Internet Protocol)

A maioria das pessoas provavelmente não pensa muito sobre onde ou como acessa a internet nem a importância de seu perfil geral de usuário ao acessar sites usados para enviar solicitações de autorização de viagem. O endereço IP (Internet Protocol, protocolo de Internet) do(a) usuário(a) pode dar às autoridades informações sobre o país, região, estado e cidade de um(a) solicitante, assim como outros detalhes sobre o Provedor de Serviços de Internet (ISP) utilizado para estabelecer a conexão à internet. As autoridades de fronteira podem usar as informações do IP ou do ISP para cruzar com as de outra pessoas que podem estar sob investigação ou fiscalização para determinar se pode haver uma conexão entre o(a) solicitante e outro(a)s usuário(a)s compartilhando características de IP semelhantes.

Tecnologias digitais estão sendo usadas para auxiliar as autoridades de segurança nas fronteiras na avaliação de possíveis ameaças feitas pelo(a)s solicitantes a autorizações de viagem on-line. Embora seja cedo para tirar conclusões sobre a eficácia das tecnologias de fronteira digital, os próximos anos devem servir como uma forte indicação de sua capacidade de deter o terrorismo e o crime.